"Frei Luís de Sousa" - Almeida Garrett
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Em pleno período de domínio filipino tem lugar a história de Madalena e Manuel, um casal que se juntou após a morte de D. João de Portugal, marido de Madalena, em Alcácer-Quibir.
Manuel e Madalena têm uma filha, Maria, muito perspicaz e inteligente, prematuramente marcada pelas rosáceas nas faces que indiciam a tuberculose. Certo dia, chega ao casarão de Almada a notícia da vinda dos governadores de Lisboa, atacada pela peste, e da sua tenção de se hospedarem no palacete. Decidido a contrariar as vontades daqueles que mantinham o reino nas garras dos espanhóis, Manuel incendeia o seu casarão e foge com a família para o palácio que fora de D. João de Portugal. Uma vez no palácio, Madalena mergulha em receios, superstições e maus augúrios, numa inquietação constante e relação à estadia naquela residência. E é numa sexta feira, quando é deixada em casa na companhia de Jorge, seu cunhado, que Madalena se depara com o culminar dos seus presságios, quando um mendigo de longas barbas a visita para lhe anunciar que D. João de Portugal ainda vive...
Faço a este livro uma crítica predominantemente negativa, por várias razões. Em primeiro lugar, é um texto dramático, género que não aprecio muito. Seguidamente, não o achei muito interessante nem cativante, quer pelo enredo em si como pelos diálogos entre as personagens (que, claro, são a estrutura da obra). A história é muito simples e previsível, pelo que, mesmo que haja reviravoltas na ação, não causam um efeito de surpresa tão grande. Apesar de ser acessível, o final deixou-me um pouco confusa. Os pontos positivos são a construção frásica simples e o vocabulário de fácil compreensão. Para se entender bem este livro, é preciso ter, também, um bom conhecimento do contexto da época.
Independentemente disso, é uma obra de leitura obrigatória para o 11º ano.