Pseudo-soneto da meia-noite
Jovens, ingénuos, sem siso,
Inscientes do desgosto,
Escondem o ardor do rosto
Em que floresce um sorriso.
Num acaso tão preciso
O Destino assim disposto,
Certo como o sol de agosto
É dos astros um aviso.
Teceu-nos Eros a rede,
Não podes negá-lo, ou mentes,
Pintas o céu de outra cor.
Matemos a nossa sede
Com sumo dos frutos quentes
Deste verão que é o amor.