Síncope
Nunca quis nada, só ver-te por dentro,
Pois que é tudo senão nada às avessas?
'Spírito ancorado ao vento,
Amas por portas travessas.
Passeio o tempo em rotinas no vácuo,
Distingo ao longe o vão do precipício.
Do teu calor, fogos-fátuos,
Dos altares ígneos, resquícios.
Vã silhueta de um alvor mais rico
Gravado a chuva em detalhes que esqueces.
Só queria o mundo e pico,
Que o sentisses, que mo desses
Sem pedir.