“The Trials of Apollo – The Hidden Oracle” – Rick Riordan

"My name is Apollo. I used to be a god." 

Na sequência da sequela de Percy Jackson, Apolo acorda num beco de Nova Iorque, preso no corpo de um mortal. Como castigo pela sua negligência em relação ao seu filho que quase tinha provocado a destruição do mundo no volume anterior, Zeus condena Apolo a uma temporada na terra, desprovido de todos os poderes que detinha enquanto deus do sol, das artes e da medicina.

É no beco em que acorda e quase é espancado por um par de rufias que o olimpiano encontra Meg McCafrey, uma semideusa de doze anos que Apolo se encarrega de guiar até ao Half-Blood Camp, o campo de treino dos descendentes divinos. Contudo, quando alcançam o Campo, deparam-se com um cenário pouco animador: as comunicações estavam cortadas, os oráculos tinham deixado de funcionar e um estranho fenómeno de desaparecimento de semideuses ceifava membros ao Campo já escassamente povoado.

Esta sequência de acontecimentos e as vozes proféticas dos sonhos de Apolo deixam uma mensagem inequívoca: cabe ao deus, com a ajuda de Meg, descobrir o paradeiro dos semideuses desaparecidos e salvar o único oráculo que ainda não tinha sido afetado pelo fenómeno misterioso - o Oráculo de Dodona. Numa jornada recheada de obstáculos, Apolo e Meg enfrentarão espíritos da peste, formigas gigantes, uma serpente monstruosa e uma personagem temível cuja obsessão pelo poder alimentou a sua sede de glória durante séculos.

O Independent descreveu este livro como "Vastly entretaining", e eu não poderia estar mais de acordo. O primeiro volume de The Trials of Apollo é uma fonte interminável de boa disposição, partindo da perspetiva da personagem mais engraçada do Olimpo: o orgulhoso Apolo. Como se reduzir uma divindade à condição de mortal não fosse uma premissa suficientemente engraçada por si só, Rick Riordan assegura as gargalhadas dos leitores ao perpetuar o caráter de Apolo nos seus comentários: "After all I had done for Percy Jackson, I expected delight upon my arrival. A tearful welcome, a few burnt offerings and a small festival in my honour would not have been inappropriate."

Apesar de ser um livro muito leve e de fácil compreensão, mesmo se for lido em inglês, receio que não seja uma leitura muito adequada para aqueles que ainda não leram as sagas de Percy Jackson and the Olympians e The Heroes of Olympus, uma vez que há muitas referências a elas que são essenciais para a construção desta narrativa.

Como seria de esperar, este é apenas o início das aventuras de Apolo no mundo dos mortais, que se desenrolarão ao longo dos dois volumes seguintes. Afinal, o deus castigado ainda tem uma missão a cumprir.

Assim, recomendo este livro a todos os fãs de Percy Jackson que ainda não decidiram que livro devem levar para a praia neste verão.

© 2020 Helena Rodrigues, Portugal
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