Vénus

Da paixão que o mito encerra, 

Branca, qual espuma das vagas, 

Semeia amores, brotam guerras, 

Concessões que um Pomo paga.


Cativo o olhar que a divisa, 

Pudica na sua essência. 

Brilha o céu e a leda brisa 

Deve a Zéfiro a cadência. 


Gémeas sãs, pudor as cora, 

Natura que, em chuva, tomba. 

Acolhe, por mãos da Hora, 

Solo cipriota a Pomba. 


Pelo desígnio de Urano, 

Nua em ara de calcite, 

A deusa do amor profano 

Que Atenas fez Afrodite.

© 2020 Helena Rodrigues, Portugal
Desenvolvido por Webnode
Crie o seu site grátis! Este site foi criado com a Webnode. Crie o seu gratuitamente agora! Comece agora