Vigília
Não sei acordar sem ser de madrugada,
Quando a luz do sol se faz de demorada
E tudo é feito de neblinas.
Quando acordo, ainda a dor parece nada
Chega sozinha, vem longa e rastejada
Pelas ranhuras das cortinas.
Enches-me a cabeça como sino em badalada,
Som leve da chuva em noite de trovoada
Penso; sei que existes.