Vigília

Não sei acordar sem ser de madrugada,

Quando a luz do sol se faz de demorada

E tudo é feito de neblinas.


Quando acordo, ainda a dor parece nada

Chega sozinha, vem longa e rastejada

Pelas ranhuras das cortinas.


Enches-me a cabeça como sino em badalada,

Som leve da chuva em noite de trovoada

Penso; sei que existes.

© 2020 Helena Rodrigues, Portugal
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